Diz o ditado popular que “rápido e bem há pouco quem”, mas hoje em dia essa expressão faz cada vez menos sentido tendo em conta os meios e técnicas ao nosso dispor para aprendermos um novo oficio ou língua, ainda que essa linguagem seja a da programação.
O mercado das Tecnologias da Informação (TI), da qual faz parte a programação, está em alta em Portugal. Segundo a Robert Walters, consultora especializada em recrutamento, a transformação digital que se está a observar em todas as indústrias tem levado a uma procura intensa das empresas (nacionais e internacionais) pelos altamente qualificados e competentes profissionais portugueses da área levando a uma escassez de recursos humanos que até já levou o governo a lançar, em 2018, um programa de captação de talento proveniente do estrangeiro, o Tech VISA.
Esta alta valorização dos recursos humanos portugueses especializados em TI acaba por se fazer sentir também nos salários praticados. Por exemplo, um programador de interfaces gráficos (front-end) com apenas dois anos de experiência pode ganhar a partir de 30 mil euros brutos por ano no mercado português, mas há posições de chefia, como são o caso dos diretores de tecnologias da informação (CIO), diretores de tecnologia (CTO) e diretor de cibersegurança (CSO), cujos ordenados podem chegar aos 120 mil euros brutos anuais.
Como se percebe, a sedução é óbvia e não admira que cada vez mais estudantes se voltem para cursos superiores ligadas à programação e cibersegurança ou profissionais e licenciados desempregados das áreas de conhecimento mais diversas optem por seguir a via da requalificação profissional no domínio das TI e, particularmente, no campo específico da programação.
A garantia de um lugar seguro no mercado de trabalho e os salários acima da média são um isco difícil de ignorar, mas como podem estas pessoas aprenderem a programar, muitas delas sem qualquer base anterior, de forma rápida? É a isto que vamos tentar dar resposta já de seguida.
Como aprender a programar do zero?
Tal como em outras áreas da nossa vida, aprender a programar do zero exigirá, antes de mais, força de vontade, resiliência e, sobretudo, muita prática.
Se é a sua firme convicção entrar neste estimulante mundo e aproveitar as muitas e bem remuneradas vagas de emprego que, como vimos, estão a surgir neste mercado, deve começar por perceber os fundamentos inerentes à lógica de programação, uma vez que, apesar de existirem diversas linguagens, a lógica de funcionamento é a mesma para todas.
Dito isto, após dominar a lógica, familiarize-se com as linguagens de marcação: HTML e CSS.
Estas duas linguagens possuem uma fácil compreensão, uma sintaxe simples e serão um vocabulário comum no seu dia-a-dia enquanto programador.
Com estes conceitos bem assimilados, deve partir para a pesquisa sobre que tipo de linguagens estão, por assim dizer, em “alta” e em que tipo de desenvolvimento se destinam: front-end, back-end, mobile, database, gaming, etc.
Linguagens de programação mais recorrentes:
- Aplicações web: Ruby, JavaScript, PHP, Python, Java, HTML CSS;
- Dispositivos móveis: Java, Kotlin, Objective-C, Swift;
- Ciência de Dados e Machine Learning: Python, R;
- IoT - Internet das Coisas: C, Java, Python;
- Computação em nuvem: Java, Scala, Go;
- Programação de sistemas: C, C++, Go;
- Gaming: C++, C#, Java.
Apesar da diversidade, a linguagem com mais procura atualmente é, segundo um estudo do StackOverflow (uma das maiores comunidades online de programadores de todo o mundo) é o JavaScript, seguido do HTML/CSS, SQL e Python.
Aprender programação não se fica, contudo, por aqui. À vontade e à escolha da linguagem, torna-se essencial mergulhar de cabeça nos estudos, rodear-se de profissionais experientes (considere ter “mentor”, por exemplo) e, como referimos anteriormente, praticar muito.
Aprenda a programar “programando”, isto é, observe códigos prontos a utilizar e tente entender o seu funcionamento, faça modificações em códigos e observe o que se altera no sistema e, com alguns dos conhecimentos consolidados, pense em criar um projeto simples que se destine a resolver um problema real, isto irá ajudá-lo a manter o foco e aumentar a velocidade de aprendizagem.
Por exemplo, aproveitando a transição de muitos negócios “analógicos” para o digital pegue numa pequena empresa de venda de vestuário e tente criar um sistema web para ela. Durante o processo, irá vai aprender, entre outras coisas, como alterar e excluir itens, criar categorias ou implementar filtros.
Como aprender programação rápido?
Aprender a programar não é um “bicho-papão e é um processo que pode ser conduzido de forma mais ou menos solitária. Porém, se o objetivo é a consolidação de uma carreira profissional na área, o recurso a profissionais experientes e/ou cursos de programação que tornem a aprendizagem não só mais fluida e consequente, como também lhe conceda um certificado profissional na área.
Estas são algumas das melhores soluções:
Escolas de programação
Seja em regime online, seja em regime presencial, um curso de programação é essencial para que dê um “boost” à sua aprendizagem e obtenha melhores perspetivas profissionais. A juntar a isto, a menor duração dos cursos de programação lecionados por escolas especializadas em programação permite-lhe adquirir formação de uma forma mais rápida e com menor investimento financeiro do que se optar por um curso superior.
Como, não raras vezes, estas instituições trabalham em estreita ligação com o mercado de trabalho, as perspetivas de acabar o curso e obter imediatamente trabalho são maiores.
Isto é o que acontece com a Wild Code School. Com quase uma década de experiência e mais de 20 campus espalhados um pouco por toda a Europa, esta escola de programação também está presente em Portugal e dá a quem queira aprender a programar em Lisboa (de forma presencial) ou no resto do país (através de remote learning) uma extensa oferta formativa na área que os prepara para integrarem empresas e projetos na área do digital.
Por exemplo, quem quer aprender a programar em Lisboa de modo presencial, usufrui na Wild Code School não só de professores que são, simultaneamente, Lead Developers nos client-projects, como de uma vasta gama de recursos entre os quais se contam a plataforma de e-learning Odyssey que ajuda a complementar o ensino em sala de aula.
No campus de Lisboa existe ainda a figura do “Campus Manager” cuja tarefa principal consiste em apoiar cada aluno, individualmente, na sua integração na escola e no mercado de trabalho.
De frisar que na Wild School, os alunos beneficiam de apoio na procura de emprego, na composição de cartas de motivação, na melhoria do seu CV e perfil do LinkedIn e na preparação de entrevistas técnicas e motivacionais.
A completar esta ligação umbilical ao mundo do trabalho, a escola também envia os CV's dos alunos para a sua rede de empresas parceiras e dando-lhes a oportunidade de beneficiarem, regularmente, de ofertas exclusivas de emprego e estágios.
Faculdade
Apesar de não se coadunar com uma aprendizagem rápida da programação, o ensino superior apresenta-se como uma boa solução, sobretudo, para quem ainda não está no mercado de trabalho.
As escolhas formativas na área da programação são diversas e passam, entre outras, pelas Ciências da Computação, Sistemas de Informação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão em Tecnologia da Informação e Engenharia da Computação.
As diferenças entre esses cursos estão principalmente nos objetivos da formação. Enquanto o curso de Ciências da Computação tem uma componente mais prática, com programação efetiva em seu currículo, o curso de Gestão em TI, por sua vez, está mais voltado para a estratégia e modelos de negócios ligados à tecnologia.
Como referimos, além da maior duração do curso, é preciso levar em conta o investimento financeiro necessário e a ligação de cada faculdade com o mercado de trabalho.
Bootcamps
Se traduzirmos à letra a expressão “bootcamp” obtemos algo como “campo de treino”.
Esta expressão designa um espaço onde um grupo de pessoas se reúne para aprender e/ou treinar uma determinada vertente de forma intensiva.
Apesar de serem de curta duração, os bootcamps são ambientes imersivos onde profissionais e empresas (muitos destes eventos têm o patrocínio destas entidades) disponibilizam aulas, workshops e oportunidade de networking a quem procura iniciar-se ou aprofundar os seus conhecimentos na programação.
Os temas colocados em cima da mesa neste tipo de encontro entre profissionais ou entre profissionais e aspirantes a profissionais variam entre formação geral básica até à especialização em áreas específicas e são uma excelente forma dos participantes entrarem no mercado de trabalho.
Se a intensidade dos “trabalhos” nos bootcamps são um ponto positivo, o facto de terem uma duração curta implica, geralmente, uma menor extensão dos programas lecionados e um investimento financeiro maior por cada hora de aula do que um curso de programação ou um curso superior.
Fica a saber mais acerca da nossa Introdução gratuita ao curso de programação, inscreve-te hoje e junta-te à nossa comunidade dedicada de “Wilders” que adoram aprender e impulsionar as suas carreiras!